Entre a festa e a Imaginação: A Psicologia da Fantasia Sexual Masculina em Espaços Sociais
Por Cidinha Pascoaloto – Psicóloga
Em festas, o ambiente é cheio de elementos sensoriais. Esses elementos sensoriais servem de estímulos para ativar a imaginação, como a música ambiente, luzes suaves, dança, olhares. Esses elementos servem de gatilhos para a imaginação.
Muitas vezes roupas provocantes e a permissividade do álcool que pode estimular a liberdade de pensamentos. É aí que a fantasia acontece. Em meio à atmosfera social, o homem olha para uma mulher e sua mente começa a construir uma imagem íntima. Ele a imagina nua, envolvida em uma conexão profunda com laços íntimos em um momento amoroso com ele.
O que está acontecendo nesse momento? Trata-se apenas de um impulso sexual? É falta de respeito? Ou seria uma expressão comum do funcionamento do pensamento humano? Através da observação ele interpreta sinais de que nem sempre são reais e com isso surge uma cena exagerada em sua mente. Muitas vezes imaginando a mulher desnuda, amante, disponível. Tudo sem que haja verdadeiramente contato ou consentimento.
Essas fantasias são comuns e até naturais. Elas são apenas uma construção mental com imagens, roteiros e cenários que a mente cria.
Essa fantasia não implica em ação porque ela faz parte da imaginação. Essa criatividade pode se manifestar nos lugares mais improváveis como no trabalho, no transporte público, ou até mesmo em um baile social.
As mulheres também podem ter fantasias sexuais em lugares públicos ou não, isso não significa que queiram realizar o que imaginaram. Fantasiar e imaginar fantasias sem culpa é saudável. Inclusive a fantasia é uma das formas mais saudáveis de lidar com nossos desejos.
As fantasias são uma parte normal da sexualidade humana e oferecem aos indivíduos a oportunidade de explorar seus desejos e suas criatividades de forma segura e controlada.
Cidinha Pascoaloto-Psicóloga, CRP 06/158174. Presencial e online.
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